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Manifesto – futuro do trabalho

Manifesto

As contribuições dos palestrantes e participantes da Sala do Futuro resultaram em visões convergentes que se expressam em proposições para o país avançar na temática, parte do Manifesto. Nós, reunidos no Fórum Internacional do Futuro do Trabalho, realizado nos dias 05 e 06 de Setembro de 2019 na Campus Party Goiás 2019, no dia 07 de Setembro de 2019, dia em que celebramos a Independência do Brasil, manifestamos que:

a. A rápida evolução tecnológica e a crescente automação de processos tem impactado significativamente o mundo dos negócios e o mundo do trabalho. Ao mesmo tempo em que a tecnologia tem criado novas oportunidades em todo o mundo, a forma com que ela é apropriada, ou o uso que fazemos dela, pode contribuir para a abundância ou aumentar ainda mais o fosso social já existente.

b. A concepção cultural e filosófica de que o trabalho dignifica o homem é muito forte e é a marca da evolução ocidental. Neste contexto, viver em um mundo sem emprego traz sérias consequências sociais e psicológicas, em especial entre os jovens. Com as mudanças do significado do trabalho, é necessário um acordo social com novos conceitos e visões capazes de valorar as pessoas em um ambiente onde haja menos emprego e menos salário, construindo um futuro mais humanista.

c. Com o desaparecimento ou nova qualificação de profissões consolidadas e tradicionais, teremos uma parcela significativa da nossa população sem capacidade de se recolocar no mercado de trabalho, como empregado ou como empreendedor. A qualificação e requalificação dos brasileiros para o futuro é urgente. Afinal, o futuro já chegou!

d. O futuro do trabalho depende fortemente da capacidade da educação se adaptar, respondendo às necessidades geradas pela disrupção tecnológica. A educação que apoia o novo trabalho demanda uma maior flexibilidade de seus fundamentos e práticas. Deve habilitar o eterno estudante em competências técnicas, sociais e comportamentais exigidas pelo novo mundo do trabalho: autonomia, criticidade, solução de problemas, diversidade, flexibilidade para lidar com as incertezas, ética. Educar pela prática e pela experimentação, pela vivência social e empreendedora devem mais usadas pois são mais atraentes e ter efeitos rápidos e práticos.

e. A agenda política e econômica tradicional baseada na geração de emprego ficou abalada e coloca em pauta a urgência da discussão sobre a responsabilidade sobre a chamada proteção social.

f. É necessário estimular o empreendedorismo, em especial o empreendedorismo inovador e o empreendedorismo social, que apoiará as novas relações sociais. É necessário ter uma visão sustentável de longo prazo e de bem-estar coletivo é pensar no ser humano, é pensar no futuro, é evoluir: incluindo as pessoas como a principal parte e mais importante de toda essa transformação.

PARTICIPANTES


Genésio Gomes


Paco Ragageles 


Maria Clara Dias


Clóvis de Barros Filho


Adriano da Rocha Lima


Carlos Oliveira


Marcelo Mesquita


Anderson Soares


Sandeco Macedo


Heloisa Menezes


Eduardo Athayde


Robson Vieira